O programa Favela com Dignidade, que reúne todas as secretarias e órgãos da Prefeitura do Rio para levar aos moradores de favelas serviços públicos essenciais, já atendeu direta e indiretamente mais de 50 mil famílias no último ano.
Desobstrução de galerias, operação tapa buracos, mudança de iluminação, instalação de sinalização, sanitização, poda de árvores, asfaltamento de ruas, reformas em praças, instalação de caçambas, limpeza e drenagem de rios foram alguns dos serviços solicitados pelos moradores. O programa, capitaneado pela Secretaria da Ação Comunitária, veio para dar voz e vez às favelas de forma participativa.
As comunidades de Manguinhos, Vila Sapê, IV Centenário, Asa Branca, Virgolândia e Conjunto Esperança, na Maré, receberam diretamente serviços do Favela com Dignidade. Ao todo foram realizados 4.830 atendimentos e mobilizados 470 servidores nas quatro edições do Programa. As ações, que reuniram todas as secretarias ao mesmo tempo e em um só lugar, levaram às comunidades, além de ações estruturais, inscrições para matricula escolar, combate à evasão, retirada de documentos, cadastramento de empregos, mobilização para vacinação contra Covid e Gripe, inscrições no Cadastro Único e no programa Casa verde e Amarela, entre outros.
Está em fase final de construção, em Manguinhos, a primeira unidade do Projeto Recicla Comunidade, que terá 50 pontos de coleta em vários complexos e comunidades cariocas. Em ação recente na Asa Branca, em Jacarepaguá, as secretarias de Ação Comunitária e Conservação retiraram uma ponte na Rua Francisco de Paula sobre o rio Pavuninha. A travessia era arriscada para quem precisava ir à Clínica da Família da região. As obras para a nova ponte já foram orçadas e, em breve, serão executadas pela Prefeitura.
Em dezembro, foi inaugurado no Conjunto Esperança o projeto Turistando com a Comunidade, que já beneficiou 205 moradores que visitaram a Pequena África e a Cidade das Artes para um concerto natalino da Orquestra Sinfônica. A proposta do projeto é levar moradores e lideranças, em visitas guiadas, a conhecerem a cidade onde moram, além de incentivar a valorização dos principais pontos de suas comunidades.
– Nossas ações serão amplificadas a partir de 2022 pelos projetos Recicla com a Comunidade e o Casa Carioca. Com os trâmites legais cumpridos poderemos dar início às pequenas intervenções em moradias que vão melhorar a vida das pessoas, como é o caso do Casa Carioca. E fazer com que a cadeia da reciclagem, por meio do Recicla, reforce a renda da população – afirma Marli Peçanha, secretária de Ação Comunitária.
Para conhecer as necessidades das comunidades e favelas ao longo do último ano, as equipes de campo da Ação Comunitária realizaram 95 visitas de inspeção aos principais complexos de favelas e comunidades das zonas Norte, Sul, Central e Oeste da Cidade.
A partir dessas visitas foram elencadas as demandas junto às lideranças e moradores e acionados os principais órgãos da Prefeitura para execução de serviços imediatos. Comlurb, Rioluz, secretarias de Conservação, Meio Ambiente, Saúde, Assistência Social e Trabalho e Renda, por exemplo, foram as unidades da Prefeitura mais convocadas pela Ação Comunitária.